terça-feira
O dia da grande mãe Iemanjá
Quem suja a praia, não ama a Umbanda!
Axé a todos os Filhos de Pemba!
Axé a todos os Filhos de Orixás!
Axé a todos os Umbandistas que respeitam, amam e evocam os Orixás de forma digna, coerente e responsável!
Fevereiro, com a comemoração a Iemanjá e os agradecimentos aos Orixás trazem uma importante reflexão: a prática da fé e o respeito à natureza. Infelizmente, seguimos nos deparamos com o lamentável desrespeito dos próprios umbandistas com a Umbanda, com a sociedade e com a natureza. É só andar pela praia na manhã seguinte às celebrações e vemos toneladas e toneladas de sujeiras nas areias das praias, algo incompreensível para qualquer um que tenha o mínimo bom senso, independente de religião. Afinal de contas, é impossível aceitar objetos como vidros, madeiras com pregos, plásticos, comidas, fitas, pontas de cigarro, entre tantos materiais que sujam e machucam sendo jogados ao mar. São objetos que algumas vezes são descarregados pela força da natureza nas areias das praias e em outras afundam no mar matando os animais marinhos sem dó ou piedade. É clara, portanto, a incoerência da prática e penso que é impossível aceitar que isso seja um ato religioso ou que faça parte de algo sagrado de uma religião.
Não entendo como Pais de Santo, líderes religiosos, Sacerdotes, Babalaôs e Irmãos de Fé, em pleno século 21, ainda acreditam e vivenciam barquinho de isopor e os jogam ao mar, com pente de plástico, espelho e vidro de perfume. Somente sendo muito alienado para permitir que seus filhos e seu terreiro pratiquem tais atos, que não são nada religiosos.
Não consigo aceitar que, em meio a toda essa conscientização ecológica mundial, ainda existam pessoas que se isentam de suas responsabilidades e acham que não há problema algum com a questão ecológica ou, pior ainda, que o problema é de responsabilidade somente do governo.
Acorda! Acorda! Não dá para reclamar de discriminação e de intolerância religiosa se não há o mínimo de bom senso, cultura, tolerância e responsabilidade por parte dos umbandistas. Não há como lamentar que ninguém respeite a Umbanda, se os próprios umbandistas não respeitam as pessoas, a sua religião e a natureza.
Como umbandista, fico indignado e não vejo sentido, coerência e muito menos função nesses atos. Não consigo compreender essa ignorância cultural, ecológica, social e religiosa que os próprios umbandistas têm, quando insistem em sujar descontroladamente a praia, o mar e a natureza como um todo.
É nesse momento que peço a Ogum, a Oxalá e a Iemanjá para que tragam a força, esperança e a lei na vida de todos os umbandistas.
Templo de Umbanda União da Luz
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